sábado, junho 28, 2008

uma voz que se expanda e suspenda esse instante.

calma. é disso que as coisas precisam. que o mundo precisa. que eu preciso. os dias se estendem vagarosamente, mas uma incessante onda de ansiedade me assola, e é como se fossem trezentos mil chocalhos cascavélicos iniciando o suspense do dia seguinte. preciso dizer, preciso escrever, gritar, pegar a tua mão e correr por chãos verdes, sentindo uns pingos de realidade na face. da minha realidade, da nossa realidade. correr, correr, correr. ver as coisas passarem minúsculas; as coisas-insetos que zumbem no eco cerebral, que mordiscam a pele descamada pelo tempo, que sugam meu sangue e meu sonho, mas que se fazem agora marionetes da natureza e existem apenas. sós e apenas. então, porque o mundo se fez de mim e de ti, e eterno se fez nosso tempo, te bendigo e digo, enfim: fecha os olhos, meu amor, e escuta minha voz na tua alma doce, e cante a canção de teus temores e torna meu o teu coração para escrevermos a nossa história tortuosa nas linhas retas da vida que não há de terminar.

dejà vú.


fiz um sinal de fumaça e a paz se aproximou devagar.



sexta-feira, junho 27, 2008

oi.

atenção
essa vida contém cenas explícitas de tédio
nos intervalos da emoção

atenção
quem não gostar que conte outra,
encontre, corra atrás,
enfrente, tente, invente
sua própria versão

aqui não tem
segunda sessão
aqui não tem
segunda sessão.