quinta-feira, julho 10, 2008

karaokê.

- pai, tem alguma coisa no fogo...
- ah, é caramoela.
(...)
- isso parece com batata doce. tem gosto de batata doce?
- hum... mais ou menos, mas é bom colocar um azeite...
- pai, fazia quanto tempo que você não comia isso?
- ah, eu só comia isso em Espera Feliz e saí de lá com treze anos, então... faz sessenta anos certinho. É, fazia sessenta anos que não comia caramoela...
- O QUÊ?! SESSENTA?!!! isso parece mais hipérbole de conversas banais!!!!
[HAHAHAHAHAHAHAHAHA...]

quarta-feira, julho 09, 2008

cheiro de tangerina.

corrigidas as redações e intermináveis as sobras do tempo, junto letras e sensações que, talvez, nem cheguem até você - os correios estão em greve. não gosto de ar condicionado, não gosto mesmo. ah, desligaram! - enquanto lia outras idéias acho que leram meus pensamentos. às vezes penso em pensamentos em quais [além de opiniões climáticas] penso que deveria pensar menos; impor limite ao inconsciente imaginário da consciência. é, sou meio mole. e meia mole também. mas isso não vem ao caso. meus olhos estão ardendo. estou debruçada sobre a mesa, mas mudo sempre de posição e isso se percebe através da caligrafia ou da tortuosidade das linhas. meus olhos ardem demasiadamente. e lacrimejam. pisco e escuto barulhos altos. bem altos. barulhos fortes que vêm da compressão e do encontro de pálpebras. somente eu posso ouvi-los e só a mim eles pesam. qual é a vantagem de sonhar todas as noites? com exceção dos pesadelos, surge a sensação de frustração ao voltar à realidade e, às vezes, a de sono abreviado pelos ilusionismos noturnos. sonhar - com desejos, medos, esperanças - todas as noites? não, obrigada.

prefiro sonhar acordada.

sábado, julho 05, 2008

semana estranha.

hoje é um domingo.
nem adianta conferir no calendário.
ele não me será convincente.

hoje foi um domingo e ponto final.

sexta-feira, julho 04, 2008

ou quatro.

o que fomos nós na vida, menino, senão românticos?

eu quero um bebê... e, depois, dinheiro.